Instalada a crise financeira… foi encontrado mais um pretexto
para demonstrar como o poder não gosta de livros e ideias que lhe fogem ao
controlo. A organização das ditas “Feiras do Livro”, que supostamente são mais
descargos políticos de consciência… vem em degenerescência constatada e não
estão à altura da dimensão da capital regional.
Lisboa faz a sua feira antes da debandada de férias e Faro
insiste no projecto da confusão que se divide com os comes e bebes, pendendo a
vitória para este lado, mais consonante com as brisas de férias.
Uma feira local, deveria ser também uma montra de livros e de
autores que desse um mínimo de enfoque e dignidade aos autores regionais e aos
que a cidade fabricou… o que, não se pode dizer seja a orientação da dita feira
que não escondeu o ar achinelado da cultura no contexto da pobreza geral da
actuação do executivo.
Na terminada feira, alguns autores recusaram-se a patrocinar a
pobreza do espectáculo, que roçou alguma indignidade… aliás, notada entre
sectores da população farense… passando a ideia de que só o executivo e a
vereadora do pelouro é que olham para o umbigo…
Luís Alexandre
PS: Depois de publicado este texto, notícias trouxeram a lume que a Feira do Livro de Portimão, no ano passado, chamou à volta de 120 mil visitantes... e o executivo de Faro quer arriscar um número público sobre os seus eventos?
PS: Depois de publicado este texto, notícias trouxeram a lume que a Feira do Livro de Portimão, no ano passado, chamou à volta de 120 mil visitantes... e o executivo de Faro quer arriscar um número público sobre os seus eventos?
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