15 de agosto de 2013

“Feira do Livro” de Faro: não merecemos melhor?






Instalada a crise financeira… foi encontrado mais um pretexto para demonstrar como o poder não gosta de livros e ideias que lhe fogem ao controlo. A organização das ditas “Feiras do Livro”, que supostamente são mais descargos políticos de consciência… vem em degenerescência constatada e não estão à altura da dimensão da capital regional.

Lisboa faz a sua feira antes da debandada de férias e Faro insiste no projecto da confusão que se divide com os comes e bebes, pendendo a vitória para este lado, mais consonante com as brisas de férias.

Uma feira local, deveria ser também uma montra de livros e de autores que desse um mínimo de enfoque e dignidade aos autores regionais e aos que a cidade fabricou… o que, não se pode dizer seja a orientação da dita feira que não escondeu o ar achinelado da cultura no contexto da pobreza geral da actuação do executivo.

Na terminada feira, alguns autores recusaram-se a patrocinar a pobreza do espectáculo, que roçou alguma indignidade… aliás, notada entre sectores da população farense… passando a ideia de que só o executivo e a vereadora do pelouro é que olham para o umbigo…


Luís Alexandre

PS: Depois de publicado este texto, notícias trouxeram a lume que a Feira do Livro de Portimão, no ano passado, chamou à volta de 120 mil visitantes... e o executivo de Faro quer arriscar um número público sobre os seus eventos?

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