25 de janeiro de 2013

Regresso aos mercados: a grande mentira




Um empréstimo forçado pelos buracos insolventes
 



Dois meses depois, finalmente, conseguimos perceber o que Merkel veio fazer a Portugal! Quando disse publicamente que o Governo devia trabalhar melhor a propaganda, também deixou algo no ar sobre o que acertaram no segredo dos gabinetes. Chegou a notícia, vale 2500 milhões e menos usura nos juros, sob pena do completo descarrilamento! Os mandantes da UE não querem mais uma Grécia.
Perante os falhanços das previsões do Governo e o crescente levantamento público, era preciso criar uma situação artificial de sucesso financeiro, no caso, usando os mercados amigos. Este é o Governo que dá garantias de cobrança, no actual contexto político, porque aceita a dívida sem discussão, e há que preservá-lo.
O sucesso que preenche os noticiários, devidamente enquadrado com a voz de alguma populaça escolhida, de que vem aí a redenção, porque uma emissão de bagatela teve uma resposta 5 vezes superior em procura, fica completamente desmontada se nos debruçarmos nos valores reais dos compromissos da chamada dívida soberana que ultrapassa os 50 mil milhões, a serem pagos no curto prazo dos próximos 4 anos.
Merkel, os amigos nacionais e os mercados que detêm a acumulação capitalista roubada de forma fraudulenta às economias nacionais, montaram a farsa para abrir tréguas na opinião pública e levá-la a cumprir os planos de pagamento da dívida e os juros usurários. Mas não nos iludamos, porque a exploração vai continuar, o custo de vida não vai parar de aumentar, o desemprego vai continuar a subir, a queda da economia vai continuar, porque o sucesso, afinal, não passa de mais uma dívida, para pagar a outra dívida, que todos já perceberam ser insustentável.
Cuidado com os vendilhões do templo!


Luis Alexandre


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