21 de janeiro de 2013

Macário de malas à porta



Macário de malas à porta




Com a saída de Macário, que para os farenses até pode levar a cadeira onde se quer arrastar por mais três meses, o que convém tirar como primeira lição, é que o PSD perdeu a face.

Como sempre escrevemos, quando Macário Correia foi apresentado como o salvador de Faro, este já carregava as acusações, jogando a máquina do partido na capacidade de influenciar a Justiça, que lhe lavou as feridas em primeira instância para as ver abertas nos passos seguintes. São vários os livros em que se move a dita Justiça, como eram absurdas e desonestas as cábulas das violações dos instrumentos legais de ordenamento do território.

Macário perdeu, argumentando inocência. O PSD perdeu ao propô-lo e ao arrastar o folhetim, iludindo a opinião pública de que a inocência poderia estar por trás de uma parede de gabinete e não na lei, assim como perderam todos aqueles que o abençoaram e o financiaram.

Do outro lado da co-responsabilidade na falência do Município, o dito partido socialista esfrega as mãos pelo chuto e pelo banquete de porrada política nos próximos nove meses, quando nos últimos três anos foi uma importante muleta de Macário. É a estratégia do rotativismo, que o povo paga.

Macário faz as malas, não deixa obra feita, atacou os cidadãos e o comércio com os parquímetros, matou a cegonha e perdeu com os bombeiros. Quando lhe deram os milhões emprestados para tapar parte dos buracos das finanças da autarquia, destapam o dele.

Com a guerreia autárquica a aquecer, as duas principais centrais do dilúvio fervem as caldeiras para destilarem os candidatos. Estão as duas em pé de igualdade. Sem nomes, mas preparadas para fazerem subir a parada, quase de certeza recorrendo a gente de fora e provando as suas capacidades internas concelhias de produzirem gente com crédito.



Luis Alexandre  

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