31 de janeiro de 2012

Pedido de esclarecimento ao presidente da CMF

Fala-se de um terreno doado à Ambifaro



No espaço de dois meses, por várias vezes ouvimos falar de uma história que carece de esclarecimento público por parte da entidade visada - o executivo da Câmara Municipal de Faro -, quanto a uma possível doação à Ambifaro de um terreno bem localizado na cidade, com o intuito de pagamento de dívidas.

Sendo a Ambifaro uma das suas empresas municipais despesistas e, logo, com passivos acumulados, não pondo em causa a questão de socorro da empresa mãe, levantamos a questão da transparência da intenção e se ela, a confirmar-se a sua veracidade, não deverá ser dominada pelo órgão máximo de fiscalização - a assembleia municipal -, para que todas as forças se pronunciem, e se não deveria ser do conhecimento geral da população.

Como este assunto é alvo de tertúlias, pode provocar mal entendidos e perguntar não ofende, um esclarecimento oficial ajudaria a pôr ordem.


FaroActico
faro.activo@gmail.com 


O lapso (eleitoral)... da cidade judiciária

Cortes numa Justiça, que é… curta





Com a dança de Governos, apesar de todos reconhecerem que a Justiça não vai bem, as luminárias partidárias que a matam, põem na mesa sucessivas formulas que não mudam o rumo.
A nova luminária do PSD, sempre em obediência à ingerência externa, vai fechar tribunais… como forma de fazer andar… a Justiça.
 

Para melhorar o Ensino, fecham-se escolas e despedem-se professores, para melhorar a Saúde fecham-se Centros de Saúde e aumentam-se serviços, para melhorar os Transportes aumentam-se quase para o dobro e cortam-se serviços e, agora, veio o golpe sobre a Justiça. Os trabalhadores da Justiça não têm razões para estarem descansados. E muito menos o povo injustiçado!
 

Em Faro, onde foi vendida mais uma ilusão partidária, o novo mapa judiciário deste Governo reacionário vai deitar para o cesto das mentiras um tal projecto de concentração de serviços.
 

E os cidadãos de Faro, que já engoliram uma falência camarária impune, com custos para os seus bolsos, vão deixar passar mais esta mentira eleitoral e os autores de fantasias? Para o ano temos eleições…
 

Quanto à Justiça no país, a ministra concentra os meios, concentra os processos, concentra as pessoas, reduz o financiamento e que resultados vamos discutir daqui a mais algum tempo? Será preciso esperar pela resposta inevitável?
 

A Justiça burguesa, que funciona para protecção da classe dominante e que tem muito dinheiro para lhe pagar, não vai mudar em nada!

FaroActivo





Tertuliar

 


Falar dos problemas é importante. As tertúlias são um meio de agarrar temas, debatê-los e produzir matéria nova no caminho das soluções. E essas soluções saem do circuito fechado?
 
Muitas vezes, o poder visado, até participa nestas tertúlias e fá-lo para conhecer o que os outros pensam sem que tenham qualquer intenção de aplicar o que até em público foram capazes de concordar.
 
As tertúlias são uma forma de cidadania, não questionamos, mas as boas intenções morrem em maioria absoluta na praia. E porquê? Porque os seus intervenientes, de uma maneira quase generalizada, pensadores livres ou não, alimentam as ilusões de que esta democracia burguesa feita por estruturas blindadas de interesses tramados entre paredes, os quer ouvir para aplicar o que não lhes serve.
 
Mas as tertúlias também podem cumprir outros objectivos sub-reptícios, de queimar as energias das atitudes esclarecidas, oferecendo-lhes a palavra mas não estando interessada em qualquer outro tipo de avanços.
 
As tertúlias, no progresso da discussão, podem não levar a nenhum lado, quando não são capazes de pôr em causa as intenções do poder. O poder pode furar as leis mas as tertúlias vivem do respeito. Uma contradição insolúvel?

FaroActivo 

30 de janeiro de 2012

Em homenagem a 70 anos da Livraria Portugal

A cultura não morre... mesmo que a matem


 
Quando se apaga a memória de um povo, pretende-se com isso que ele não construa um futuro melhor.

O Livro Fechado


Quebrada a vara, fechei o livro
e não será por incúria ou descuido
que algumas páginas se reabram
e os mesmos fantasmas me visitem.
Fechei o livro, Senhor, fechei-o,

mas os mortos e a sua memória,
os vivos e sua presença podem mais
que o álcool de todos os esquecimentos.
Abjurado, recusei-o e cumpro,
na gangrena do corpo que me coube,

em lugar que lhe não compete,
o dia a dia de um destino tolerado.
Na raça de estranhos em que mudei,
é entre estranhos da mesma raça
que, dissimulado e obediente, o sofro.

Aventureiro, ou não, servidor apenas
de qualquer missão remota ao sol poente,
em amanuense me tornei do horizonte
severo e restrito que me não pertence,
lavrador vergado sobre solo alheio

onde não cai, nem vinga, desmobilizada,
a sombra elíptica do guerreiro.
Fechei o livro, calei todas as vozes,
contas de longe cobradas em nada.
Fale, somente, o silêncio que lhes sucede.

 
Rui Knopfli, in "O Corpo de Atena"

Zangam-se as comadres, sabem-se as verdades

Espiar é… como ir ao supermercado

O homem no meio do universo...


Uma parte do país anda distraída com os episódios de um tal Jorge Silva Carvalho, maçon, lojista, a quem encomendaram uma missão que era reorganizar os espiões.
 
Uma coisa tão normal como a sede, deu bronca. Espiar, que é controlar as vidas das pessoas, maiores ou menores - um acto vulgar que ninguém devia saber -, não caiu bem numa parte do poder que se sentiu incomodado e resolve trazer a público o que juram não fazer.
 
De repente, a maçonaria, uma sociedade que fala e planeia em silêncio, veio par o meio da rua e não pelas razões que a movem. Foi incomodada na sua paz de comando sem ser vista.
 
O tal Silva Carvalho, um espião que não devia ser notado, também serviu a Impresa e ao deslocar-se para outra empresa, foi o móbil da violência da publicidade. Arrastou a maçonaria que estava no seu elevado canto.
 
No gabinete da nova empresa fazia planos sobre as secretas de onde saíra. E isto deu barraca. Nunca por ter múltiplos empregos e meter-se na vida de toda a gente. Espiar é como ir ao supermercado. E tanto vai o Cavaco como o Ti Manel que não gosta do Governo…
 
O que dá que pensar não é espiar (a PIDE gerou substitutas, em nome da “democracia”), não são as lutas intestinas de forças que não devemos saber que existem, mas sim o extremo a que chegam que acabam em praça pública.
 
A maçonaria foi obrigada a desfazer-se em declarações de “pureza” e quem se ficou a rir… foi o outro lado… a Opus Dei.

Todos andam a tramar o povo e como têm medo da sua revolta, espiar é uma parte do trabalho repressivo... 

FaroActivo    

29 de janeiro de 2012

Os povos da Europa não baixam a cabeça

Greve geral na Bélgica contra a austeridade em dia de cimeira europeia


As três centrais sindicais belgas convocaram, para esta segunda-feira uma greve geral contra a austeridade para coincidir com o dia do Conselho Europeu que vai discutir o futuro da Zona Euro. Será a 2ª Greve Geral contra as medidas reaccionárias de austeridade promovidas pelo novo governo belga.

A greve tem como objectivos imediatos protestar contra as alterações às políticas de desemprego e contra a subida dos anos de trabalho necessários para atingir a reforma, de 35 para 40 anos.

Enquanto a Comissão Europeia diz que a cimeira será centrada sobre o “combate ao desemprego”, na verdade, o que ela irá ter em cima da mesa é a alteração nas relações laborais, impondo medidas ainda mais draconianas de precarização no trabalho, condições mais “competitivas” de exploração e opressão.

Milhares de jovens abandonam os estudos


Voltou o Ensino elitista


Com as novas políticas de desinvestimento no Ensino em geral e com particular incidência no Ensino Superior, que depois de subirem as propinas a valores elevados para os orçamentos da imensa maioria das famílias e, recentemente, com os cortes nos apoios sociais, milhares de alunos vêm-se forçados a abandonar os estudos.
Com uma população jovem superior a 30% dos desempregados, onde se inserem mais de 60 mil licenciados, o Governo PSD/CDS, à semelhança dos anteriores Governos do falso partido socialista, não tem quaisquer políticas de desenvolvimento e aproveitamento destas forças de renovação e transformação.
 

Os jovens licenciados são empurrados para serviços que desvalorizam as suas competências, sem capacidade de evolução, muitos desesperam na sobrecarga sobre as famílias ou vêm-se obrigados a calcorrear os caminhos da emigração, onde os mais desqualificados são sujeitos a situações de indignidade e, os que têm mais qualificações, são explorados por salários desiguais com os locais.
 

Para o Governo, o que conta é reduzir o problema interno e somar os dividendos da exportação forçada de cidadãos.
 

Com a recessão instalada e a ausência de políticas de criação de emprego, as famílias vão continuar a investir numa educação sem saídas o que as vai levar a repensar a educação dos seus filhos, situação que vem de encontro aos interesses das classes dominantes e do seu Governo, em voltar a criar elites semelhantes às anteriores ao 25 de Abril.
 

Compete aos jovens do momento contrariar esta estratégia fracturante, que volta a diminuir as capacidades do país num mundo cada vez mais competitivo e dominado por interesses de concentração e controlo da riqueza.
 

FaroActivo  

28 de janeiro de 2012

Os velhos em Portugal morrem de abandono...

O ministro Lambreta Soares, confrontado, diz que tem medidas...


Os casos de mortes de pessoas idosas conhecidos há dias, fazem parte de um universo de mais de 300 mortos nos últimos 3 anos,nas mesmas condições de solidão quase absoluta.

Depois de uma vida de trabalho e de descontos para o sistema social, os nossos idosos são completamente abandonados pelos Governos do país, que têm uma política assistencial reduzida ao mínimo e portanto ineficiente, chamando o actual ministro à atenção para o papel da família e dos vizinhos para a atenção e cuidados.

Com dezenas de milhares de idosos em condições de grande dificuldade e isolamento e muitas vezes sem família ou que vive distante, o senhor ministro deste Governo fascizante fala, como os antecessores, em medidas que vão ser tomadas e não saem da gaveta das intenções.

O que as notícias nos vão trazendo, descontando as mentiras oficiais de planos, é que os idosos deste país, com o agravamento dos impostos , dos bens de primeira necessidade, dos cortes nas reformas e os aumentos dos medicamentos, escondem-se em casa, alimentam-se mal e não têm dinheiro para aviar os medicamentos...

O doutor Lambreta Soares, como bom representante deste sistema caduco de exploração, conhece a dimensão dos problemas, chega a falar de polícias que aparecem em casa das pessoas... em semanas... ou para a televisão, o que revela afastamento, até desprezo, tentando resumir tudo à intervenção da sociedade civil... porque o Governo tem uma crise para gerir e uma dívida odiosa para nos fazer pagar...


FaroActivo
O cantinho da ronha
(espaço dedicado aos deputados da região)

O senhor Paulo Sá vai às compras…

 Com o comércio local em declínio há décadas, pela proliferação desordenada das grandes e médias superfícies no Algarve, o novel deputado do P”C”P, Paulo Sá, um homem formado no revisionismo e decadência do capitalismo de Estado opressivo da URSS, resolve fazer política para consumo eleitoral e parlamentar sem sucesso, usando uma impotente preocupação pelo estado do comércio local… em Tavira.
 

Vai auscultar as pessoas numa promenade, como se o seu partido não conhecesse a gravidade da situação para a qual contribuiu com as ilusões parlamentares que espalha.
 
O problema dos pequenos e médios empresários é deixarem-se levar por auscultações politiqueiras e não terem direcção à altura de produzir reacções organizadas para travar as decisões que se revelam contra os seus interesses, provocam mais desemprego, salários miseráveis, cortes nas regalias, trabalho não pago para além do horário e, a médio e longo prazo o empobrecimento das cidades e vilas onde se instalaram as grandes superfícies protegidas.
 
Grandes superfícies que gozam da maior impunidade do Estado quanto ao cumprimento das leis, entre elas as da incorporação de produtos locais e nacionais e recentemente a dos horários.
 
Os comerciantes e os seus trabalhadores não querem conversa. Querem acções  e direcção que os mobilize para impor soluções justas.
 
Se o P”C”P não fez nada até aqui, que tal como a ACRAL resmungam e não agem… não é o doutor Paulo Sá que vai adiantar…

FaroActivo 


27 de janeiro de 2012

Governo continua a saldar activos da Nação

"Passos para a rua a TAP continua"


Esta foi, a par da palavra de ordem “A TAP é nossa!”, a palavra de ordem mais proclamada durante a concentração espontânea que na tarde de hoje muitos trabalhadores da TAP realizaram em frente aos portões de acesso à companhia área estatal.

Tudo começou esta manhã no sector das oficinas e manutenção onde os trabalhadores decidiram demonstrar que estão dispostos a lutar contra as medidas terrorista que o governo vende-pátrias PSD/CDS está a impor, a mando da troica germano-imperialista, como sejam os cortes dos subsídios de férias e de natal, a redução de salários e o congelamento de carreiras.

Como se pode depreender, a onda de indignação e repúdio era incontível, apesar dos cerca de trinta elementos da polícia que foram mandados para o local.

Entretanto, aos trabalhadores das oficinas e manutenção juntaram-se trabalhadores de outros sectores da TAP, nomeadamente das limpezas e serviços administrativos, demonstrando ter consciência de que só o derrube deste governo constitui uma saída para as luta e as justas reivindicações dos trabalhadores.


A LUTA CONTINUA!

Só os trabalhadores podem vencer a crise

TODOS À MANIFESTAÇÃO DO DIA 11 DE FEVEREIRO EM LISBOA!


CONTRA OS CORTES NOS SALÁRIOS E O ROUBO DOS SUBSÍDIOS!

CONTRA O ACORDO SOCIAL DE TRAIÇÃO!

PELO DERRUBE DO GOVERNO PSD/CDS!

POR UM GOVERNO DE ESQUERDA, DEMOCRÁTICO E PATRIÓTICO!


Três mortos nas obras da barragem do Tua

O capitalismo continua a matar, vem aí o "inquérito oficial"


Nesta quarta-feira passada, vítimas da incúria da falta efectiva de medidas reais de segurança nas obras, morreram mais três pessoas. Todos os anos morrem centenas de trabalhadores nas mesmas condições, embora a lei obrigue a planos de segurança e responsáveis pelos mesmos.

Esta é uma obra pública, lançada pela EDP nessa condição, mas a displicência sobre as empresas capitalistas contratadas continua a mesma. Alguma coisa não está certa. Se fazem planos de segurança, porque razão continuam a morrer pessoas? Perante os factos, só podemos concluir que os tais planos são um proforme e ninguém os fiscaliza. Portanto o Estado falha duas vezes!

Aos Sindicatos compete-lhes exigir que as leis sejam cumpridas e que os prevaricadores sejam julgados e punidos!


FaroActivo

À vigilância dos cidaddãos!

PSD/CDS e P"S" andam a tramar nas autarquias

Câmara Municipal de Gaia

Mais uma vez, os partidos de direita e o seu grande parceiro de tramoias - o falso partido socialista -, estão a cozinhar longe do nosso conhecimento a maneira de contornarem a lei que aprovaram de limitação dos mandatos, para satisfazerem os mastodontes presidentes de Câmara que se julgam indispensáveis ao país e o querem "servir" em qualquer lado.

Esta preocupação deve ter um grande peso dentro dos partidos burgueses para que a questão não saia da agenda. Devem ser muitos em bicos de pés, sendo o caso mais conhecido o do Dr. Meneses que quer levar a sua sabedoria de Gaia (com um passivo enorme) para o Porto.

Para além desta intenção também a cidadania deve estar atenta à intenção de alterar a lei para a construção de executivos autárquicos monoculores, retirando do circuito decisório os obstáculos de cor estranha. 

Cabe aos cidadãos manifestarem as suas opiniões de forma livre para lhes retirarmos os direitos de conspiração que se ensaiam.


FaroActivo 

Um novo desastre sobre a autonomia...

O povo da Madeira paga, Jardim sai a rir



 Encostado às cordas, quando deveria ser ao contrário, o Governo da República foi de encontro às exigências de Alberto João Jardim. Jardim disse de que maneira assinava o papel e o Governo do seu próprio partido acertou tudo longe da opinião pública.
 

Alberto João queria dinheiro e tempo e obteve-o. Em troca, leva uma mão cheia de medidas gravosas para a economia regional que afundou com a sua gestão autoritária e despesista, que sempre teve o apoio dos vários Governos nacionais.
 

Jardim, ao longo dos anos fez gato sapato dos Governos centrais, humilhou-os quando e como quis, pediu empréstimos que não tinha intenção de pagar, nunca aceitou qualquer fiscalização dos órgãos nacionais e usou os dinheiros públicos a bel-prazer.
 
A dívida apresentada e os golpes de contabilidade são o resultado da impunidade, a troco de Orçamentos de Estado assinados e da venda para consumo eleitoral nacional da sua capacidade de dinossauro imbatível.
Mesmo com os cofres vazios pela sua má gestão e em risco de rotura financeira total, Jardim não abandonou a postura de sanguessuga, que em nada se pode confundir com a solidariedade e os custos da autonomia.
 
O buraco da Madeira é da exclusiva responsabilidade do PSD regional, que mais uma vez leva na bagagem a cobertura do PSD nacional, que não teve qualquer pejo em negociar o descarregar da irresponsabilidade para as costas do povo madeirense.
 
Se a região já vinha enfrentando um pesadelo com a paralisação da actividade económica e uma taxa de desemprego muito elevada, tudo se agravará com o novo pacote de austeridade.
 
Mas desenganem-se! Jardim e o PSD não vão enganar o povo durante todo o tempo!


FaroActivo

26 de janeiro de 2012

É fartar vilanagem...

À Drª. Cristas... muito cristã... nas nomeações...





Uma crónica de Clara Ferreira Alves, deliciosa na forma e no conteúdo, e muito actual, sobre as nomeações nesta república faz de conta…o rei vai nu…é fartar vilanagem!
Clicar aqui para ler…
(Agradecimentos ao blogue entre as brumas da memória)

Faro de antigamente



 A Nova Designs com o auxílio de Fernando Seromenho compilou fotos antigas de Faro na sua página no Facebook.


Existe ainda uma outra iniciativa semelhante organizada pela CÍVIS e Museu Municipal de Faro que se destina a recolher fotos deste género.



VAMOS RECOLHER MEMÓRIAS

A fotografia é mais do que uma mera imagem, é acima de tudo uma prova, espontânea ou deliberada, que capta um tempo e um lugar.

Ao permitirmos o acesso a suportes com registo da nossa memória, estamos a abrir janelas sobre os nossos percursos de vida e, através delas, reconhecer-mo-nos no que hoje somos.

Este projecto, organizado entre a CÍVIS e a Câmara Municipal de Faro/ Museu Municipal de Faro, pretende juntar, com a sua colaboração, todas as fotos de baús e a álbuns, na sua posse ou da sua instituição, que recorde a cidade de Faro, os seus munícipes, as suas actividades e os seus entretenimentos durante o século XX. O seu contributo irá reverter a favor da realização de exposições temáticas mas, também, na constituição de um importante arquivo de imagens sobre a cidade de Faro e as suas gentes.

Esta campanha, que irá culminar com a produção de uma exposição no Centro de Estudos Ossonobenses “Honorato da Silva Santos”, está aberta até 31 de Janeiro de 2012.

PARTICIPE! A CIDADE AGRADECE E A MEMÓRIA DE FARO SAIRÁ MAIS ENRIQUECIDA.

Caso esteja interessado em participar, deve dirigir-se à CÍVIS através do apartado 267, 8001-903 Faro, através do endereço de email: civis@sapo.pt ou tel. 289 820 670 / 919 476 876 (Manuel Dias) ou para o Museu Municipal de Faro no Largo D. Afonso III, 14-8000-167 Faro (Jorge Manhita/Luís Santos através dos emails: jmanhita@cm-faro.pt e luiss@cm-faro.pt ou tel. 289 897 400 e fax 289897 419)

ANMP não sabe ou nunca quis fazer contas?

8.000 milhões de dívidas das autarquias

ANMP

De repente, os mesmos partidos que andaram a "fazer obra" nas autarquias, aparecem agora como os campeões da  denúncia (?!) e, apenas por avisos externos ao país porque uma boa parte das situações são de ruptura ou mesmo insolvência, acham que é preciso mudar... e a sua primeira proposta é alterar o mapa... organizativo...

Com anos de gestões abusivas e sempre à custa do tecido empresarial privado, fundamentalmente pequenas empresas onde o dinheiro faz falta todos os dias, os partidos que dividem os tachos do poder autárquico mostraram um completo desprezo pelo aprofundamento da crise, insistindo nas encenações com o dinheiro dos bolsos alheios. 

Com um buraco desta dimensão e como muitas das empresas prestadoras já faliram ou estão em vias de, uma boa parte destes números já estão a determinar aumentos escandalosos nas taxas e impostos da área das decisões autárquicas, vão recair sobre os munícipes e provocar graves problemas nas competências locais.

Os cidadãos portugueses vão voltar a engolir mais estes problemas que se juntam à falência do país e para cujas situações não contribuímos? Vamos reagir pelo voto, que foi usado para "legitimar" o descalabro? Está na hora de exercermos a cidadania para a mudança! Denunciando e participando em todas as acções públicas, como a próxima grande manifestação de 11 de Fevereiro!


FaroActivo

Antes de qualquer eleição regional partidária...

A Xuxaria regional anda em reboliço de preparação autárquica

Este é o punho da dívida odiosa e que nos impõe o seu pagamento
 

O falso partido socialista reuniu vários conclaves concelhios no último fim-de-semana para preparar as hostes para as eleições de 2013. António Eusébio, actual presidente em São Brás de Alportel, um aspirante à Câmara de Faro, é o coordenador. E desses conclaves pouco se sabe.

Com um cenário em que muitos dos autarcas vão ser tirados de cena, apenas por lei e não por vontade dos próprios, o P"S" regional, ainda comandado sobre estacas em areia pelo perdedor Miguel Freitas, lançou uma campanha interna de mobilização onde o tónico é o horizonte do poder pela fraqueza dos adversários.

Na anterior campanha autárquica, com o poder central nas mãos, o P"S" correspondeu à sua natureza de classe, foi displicente e sofreu derrotas explicitas de isolamento.

No actual contexto de crise e com o Governo PSD/CDS debaixo de fogo, estes falsos socialistas julgam que a população se esqueceu da sua gestão despesista e do colaboracionismo no acordo com a Troika, na abstenção de apoio ao OE 2012, nos sorrisos pelo alcançar do Acordo de Concertação Social e pela sua posição de servir a estratégia capitalista de tirar o povo da rua e dos protestos.

O falso partido socialista, que julga poder enganar o povo por todo o tempo, nesses conclaves, apenas se preocupou em discutir estratégias de poder. Os graves problemas que afectam a população ficaram para lá da porta...


FaroActivo 






25 de janeiro de 2012

Os estrangeiros sabem mais do que nós...

Os 84 mil milhões sempre são uma gota para o buraco


Com a dívida odiosa a engolir a nossa economia e finanças, é um jornal americano que lança o fumo de que o país vai ter de ir à procura de um novo resgate.

Confrontado o Governo PSD/CDS apoiado pelo P"S", este engasga-se e diz que o país continua a executar o plano da Troika e tem tido resultados na ida ao mercado de capitais.

O aviso que vem de fora, é o claro sinal de que este Governo vem escondendo a realidade e tem em preparação mais medidas de roubo da população, incluindo-se nelas o saque dos subsídios dos trabalhadores privados, mais uma carga fiscal e aumentos faseados de bens e serviços. É fartar vilanagem!

Os 84 mil milhões, contraídos a juros usurários e que servem apenas para pagar a bancarrota das gestões bancárias e das empresas públicas onde se passearam os boys de todas as cores, foram a primeira avaliação que justificaram o actual Orçamento. O novo resgate e outros que se poderão seguir, irão justificar mais medidas de exploração para pagar os elevados encargos contraídos. Ou seja, tal como na Grécia, o dinheiro que nos emprestam não chega para pagar o que os usurários nos reclamam. É uma situação insustentável de roubo que paralisa o país e não lhe dá saídas. E o capital esfrega as mãos... Até quando?


FaroActivo   
Greve geral em Itália quase paralisou o país...




Itália vive mais um dia de greve geral com camionistas e taxistas a reforçar a paralisação e bloqueando as estradas.

Os camionistas manifestam contra o aumento do preço da gasolina e das portagens imposto pelo governo e o bloquearam inúmeras vias.

“Quando se gasta tantos litros de gasolina para ir e vir a Milão como se pode viver? O governo não sabe quanto custa um litro de gasolina, eles não pagam nada”.

A paralisação geral foi convocada para protestar também contra liberalizações no sector de serviços e transportes, medidas propostas pelo primeiro-ministro, Mario Monti para “recuperar” a economia…lá como cá!

Os taxistas protestam contra mudanças no sector, principalmente na concessão de licenças para táxis.



A Europa está tomada pelo roubo generalizado aos interesses dos trabalhadores e dos povos. O imperialismo alemão, através dos seus Bancos e do seu poderio industrial, comandou as forças capitalistas que produziram a falência quase generalizada dos outros países da comunidade. 
 
Em Portugal tarda a revolta! Para quando a marcação de uma nova GREVE GERAL que trave as políticas deste Governo fascizante e crie as condições para um Governo Patriótico, Democrático e de Esquerda?


FaroActivo 
Governo quer travar saída de emigrantes…

Que país é este?


O mesmo Governo que convida os portugueses a procurarem vida além fronteiras pela conhecida incapacidade deste em criar emprego e riqueza, pretende tomar medidas para fixar os estrangeiros que pisaram o nosso solo à procura de oportunidades.
 

O Governo PSD/CDS disse que tem intenção de criar as condições de permanência dos emigrantes de outros países no nosso território, dando-lhes incentivos e ajudando-os a aprender a língua portuguesa.
 
Estes actos aparentemente meritórios, que visam manter um exército de contribuintes para o erário público e para o trabalho clandestino sem direitos, é absolutamente oposto à política praticada, de abandono dos nossos emigrantes pelo mundo, fechando-lhes na cara espaços consulares e desmontando estruturas de ensino da língua pátria aos seus filhos.
 
Este Governo fascizante, cego pela obediência aos ditames dos especuladores que saquearam a nossa economia e finanças, não hesita em tomar medidas economicistas sem acautelar os interesses daqueles que têm poucos meios para se defenderem.
 
Os nossos emigrantes saberão dar-lhes as respostas no momento certo e terão o apoio da imensa maioria do povo.

FaroActivo

24 de janeiro de 2012

O cantinho da ronha
(dedicado aos deputados da região)

Mendes Bota carrega mais uma camioneta de areia




Na rubrica que assina no pasquim “O Algarve”, o nosso querido deputado, vem debitar sobre as empresas municipais que proliferaram e são agora um verdadeiro fardo nas contas das autarquias.
Diz o querido deputado, agora sem funções partidárias a nível distrital, que quando da criação das primeiras empresas (nos longínquos anos 80) estas tinham razão de ser, porque resolviam problemas concretos das autarquias, entre eles, “permitiam superar carências de mão-de-obra especializada mal remunerada nas tabelas públicas.
Ao princípio era só altruísmo e depois vieram os empregos para as clientelas que deitaram tudo a perder… enquanto ele andava distraído…
Seguindo o raciocínio, Mendes Bota reconhece que se desvirtuaram e tornaram-se no pesadelo pelo chico-espertismo de criar escapes ao endividamento das autarquias…
Todo este assomo faria sentido e convenceria os distraídos da sua bondade crítica, se não estivéssemos em presença do líder distrital substituído há pouco mais de um ano e que durante os muitos anos de presidente da distrital conviveu com os subordinados presidentes das referidas autarquias onde o forrobodó se instalou.
O nosso querido deputado escreve para as memórias de elefante… é preciso ter lata…

FaroActivo


Justificar o injustificavel...

Demissão imediata de Cavaco Silva


A emenda foi pior que o soneto. Com o habitual desplante que caracteriza os políticos comprometidos, o Presidente daquela parte dos portugueses que vivem na zona de conforto, veio justificar que a sua vida e o que expressou era um exemplo. Pudera! Ao preço a que está o caviar!

Com as tripas, as papas de sarrabulho, o pão e azeitonas , as conservas e a sopinha aguada de regresso à mesa de milhões de portugueses, o senhor Presidente, que tem casa de borla, cozinheiro para apetites, médico para os espirros, carro e motorista para as compras e as costas defendidas onde está e não está, ainda pretende dar lições de como viver... com muitos milhares euros mensais.

E como não estamos a falar de um sem abrigo... e os exemplos vêm de cima é legítima a revolta que assobiou sua Excelência em Guimarães e reflecte o que pensa a imensa maioria do país onde se incluem muitos dos seus iludidos eleitores.

Claro que sua Excelência não vai deixar a gamela e nem os seus aliados o querem mandar embora. esse trabalho tem de ficar para o povo ofendido!

Petição Pedido de Demissão do Presidente da República


FaroActivo

23 de janeiro de 2012

O famigerado Acordo de exploração...

O povo português não paga a traidores


João Proença a assinar acordo de concertação social


O Governo fascizante de obediência estrangeira, apesar da sua arrogância, viu-se forçado a negociar com o movimento sindical. Com o bater da porta da CGTP, restava-lhe fazer funcionar a velha corrente de influência e servir-se dos capachos da UGT.
 
O famigerado Acordo de Concertação Social do Governo PSD/CDS é uma farsa, pela diferença que vai da assinatura de qualquer lacaio chamado Proença, até à aceitação pelos trabalhadores que julgam representar.
 
A encenação para o país foi tão longe quanto permite a quase generalizada parcialidade da propriedade privada dos meios de comunicação e precisou do selo presidencial, na forma abstracta de o mostrar como um alcançado compromisso nacional. Em resposta à vénia, o presidente identificou-se na divisão, embora com um lamento, mostrasse perceber as consequências.
 
Mas afinal, o que significa este Acordo?
 
Para este Governo e os interesses de classe que representa, agora ladeados pela UGT, instalou-se a noção que depois da exploração capitalista desenfreada que levou à liquidação das suas próprias instituições e à falência do Estado, se abre um novo ciclo, em que o trabalho tem de aceitar ainda mais pesadas condições para o saneamento do sistema afundado. O que o poder não entende, é que a divisão das centrais sindicais não significa a divisão definitiva do trabalho e da sua luta de classe.
 
Para os trabalhadores, apesar da desarticulação que estas manobras de traição de uma das suas partes provoca, subsiste a compreensão da profundidade dos ataques dos capitalistas e do seu Governo, que ultrapassam a gravidade dos termos deste Acordo e os induz à determinação de reagir, particularmente as suas camadas mais esclarecidas, para a organização das respostas por todos os meios que entendam necessários.
 
Este Acordo, que entusiasmou a Troika a relembrar outros avanços – a redução da TSU -, se por um lado tocou a rebate entre as forças do capital e dos traidores entre o trabalho, por outro e pelas consequências agravadas nas condições de vida da população, vai permitir a clarificação e o alargar da aliança entre os vários sectores explorados da sociedade.
 
Os termos agora alcançados em papel e acobertados na lei e na Justiça burguesas, vão aumentar de forma obscena os lucros dos capitalistas, aumentam o seu poder discricionário e a intimidação, não vão criar mais e melhores empresas, mais e melhor emprego, acabando por agravar as relações de trabalho e as contradições de classe.
 
Vêm aí tempos muito duros. As duas partes sabem-no muito bem e cada uma delas prepara as diferentes condições dos dois lados da barricada.
 
O Governo e as suas forças vão forçar o pagamento de uma dívida odiosa e o cumprimento das medidas gravosas tomadas, se for necessário pelos meios políticos do recurso á força, caindo-lhe a máscara sobre que classe defende e da sua incapacidade em criar e distribuir riqueza no país.
 
O aumento do seu isolamento tem de ser proporcional à resistência e luta da população explorada e oprimida.
 
A manifestação de 11 de Fevereiro tem de constituir uma grande jornada de reprovação desta política e de preparação de uma Greve Geral que leve ao seu derrube e à criação de um Governo de Esquerda, Democrático e Patriótico.

Luis Alexandre 

Mais um aumento nos transportes...

A mobilidade dos cidadãos tem de ser fonte de
lucro
UDD n.º 0467 de passagem pela ponte ferroviária sobre o rio Neiva - Linha do Minho


Desde que tomou posse, este Governo fascizante já decretou 3 aumentos nos transportes. Depois dos buracos financeiros deixados nas empresas públicas do sector pelos gestores rotativos dos partidos do poder, estes são agora solvidos pelo roubo descarado nos preços e pela supressão de serviços. Tudo em nome da dívida! Tudo contra a mobilidade dos cidadãos.

No Algarve, onde os transportes públicos se restringem aos comboios, são conhecidos os seus problemas de ineficiência e o desprezo a que sempre foram votados. Os nossos comboios são para fazer turismo e não para servir a mobilidade.

Os restantes transportes são privados e sempre se regeram pelo objectivo do lucro agora aumentado com os empurrões deste Governo PSD/CDS e o apoio da criadagem política instalada na direcção do P"S". Apesar de mais variados, são completamente ineficazes para servirem as necessidades de deslocação dos trabalhadores e população em geral, para organizarem a ida e volta ao trabalho ou a execução de um documento.

Este é um velho problema da região, devidamente levantado pelos que se sentaram nos diversos parlamentos em nome do Algarve mas sobre o qual nunca houve um plano ainda que faseado de soluções.

Até o deputado Miguel Freitas prometeu em tempo de Governo do seu partido uma comissão e um plano para o sector e... tal como os transportes são lentos este também está atrasado...


FaroActivo


22 de janeiro de 2012

Loureiro: um general às direitas…


O general bota cardada Loureiro dos Santos, um dos reformados dourados do nosso sistema político, que regularmente nos instrue sobre cenários mundiais da geo-política de saque pelos vários imperialismos, debitou há dias no jornal Público uma tese de recomendações ao Governo fascizante PSD/CDS, com o título: “Prevenir a violência social para evitar a sua repressão”. 

Como experiente nestas acções e bem avisado sobre o rumo que o país está tomando, o nosso general, numa selva de largas centenas de palavras para formar considerações, como seria de esperar, não dedica muita atenção à análise das razões da exploração e do descontentamento da população, para se empenhar a fundo nos avisos instrutivos em como lidar com a canalha popular que se atrever contestar o que lhe reservam. 

Loureiro dos Santos, é bem claro no título usado e escreve “Caso resultem frustrados os objectivos prioritários e venham a ocorrer incidentes de violência, haverá que agir no sentido de repor a lei e a ordem que garantam a segurança dos cidadãos”. 

Nesta frase lapidar do pensamento fardado da escola repressiva, convém desmistificar os conceitos de violência burguesa e reaccionária aqui apregoados: 

1.    Sobre os “objectivos prioritários frustrados`”, ele sabe que estão reunidas as condições para essa frustração, na medida em que o seu Governo de direita só tem aplicado medidas recessivas e nenhuma de crescimento e emprego, apesar até de avisos vindos da sua área;
2.    Assim sendo, estão então reunidas as condições para o toque a rebate em defesa do sistema opressivo, que na sua incapacidade política de resolver os problemas do país, acoberta-se nas leis para silenciar e reprimir quem ouse protestar;
3.    Como sabemos, que as medidas deste Governo estão esmagando a imensa maioria das classes sociais e poupando os grandes capitalistas e seus lacaios, o nosso general ainda se atreve a justificar-se em nome da “segurança dos cidadãos”.     


Na delonga de avisos ao Governo que também são uma mensagem militarista e intimidatória para a população, Loureiro dos Santos cita os conteúdos da Constituição para o extremar da agitação social que pode impor medidas “extraordinárias de defesa do regime”, ao ponto da aplicação “dos estados de excepção”, como a declaração do “estado de emergência” e a suspensão “dos direitos, liberdades e garantias a restringir”. 

Tudo muito claro. Mas como este Governo fascizante não dorme e sabe da gravidade dos golpes que vem infligindo e os que se vão seguir (ficámos a saber hoje dos erros nas contas públicas que vão determinar mais roubos a coberto da lei que os votos não autorizaram), já arranjou verbas dos nossos bolsos para apetrechar as polícias e subir-lhes o preço da jorna. 

O general chama-lhe estimular as forças policiais para que estas saibam qual é a sua barricada, o mesmo com a tropa que também se deve preparar para todos os cenários de por o povo na ordem. 

De todo este arrazoado preparatório, podemos inferir que o que não for por silêncio, vai por cassetete! É a lei da classe dominante! E a do povo? Não temos também capacidade de responder e impor a política e o Governo que nos serve?

Luis Alexandre

(Este texto, sem razões aparentes, não foi publicado na imprensa e em blogues)
     

21 de janeiro de 2012

Guimarães: Capital Europeia da Cultura



Um grande acontecimento que honra Portugal e as gentes de Guimarães. A parte introdutória antes da grande abertura que está a decorrer foi de uma qualidade extraordinária e criativa.

Parabéns a Guimarães que ao longo deste ano vai ser a cidade embaixadora do que de bom se faz na cultura europeia e nacional.


A pobreza presidencial...

Porra! Ninguém dá razão a Cavaco

 Senhor presidente, nós (FaroActivo) percebemos o seu descontentamento. Ao preço que está o custo de vida em Portugal, aumentado com a sua proeminente ajuda, calculamos as dificuldades para pagar as contas do seu respeitado e elevado nível de vida. 

A populaça imberbe, que não tem dinheiro para nada, não percebe que é preciso manter a elegância dos mais altos representantes da hierarquia do Estado. Nunca estará certo deixá-los passar pelos problemas de contar as notas de 50 euros. 

Até porque a Banca não tem o dinheiro das famílias para lhes emprestar e nem V. Exª. pode contar com o afecto especial do BPN, Banco que ajudou a fundar e que protegeu com o seu nobre silêncio de brilhante economista que deixa a economia fluir, principalmente quando muitos amigos e vizinhos estão em causa.

E outra forte razão de Cavaco, perdoem-nos a sua defesa, é que muitos que ajudou a crescer, política e financeiramente, passaram a ganhar mais, recebem prémios de (im)produtividade que a Presidência não dá, tal como indemnizações chorudas que a Presidência não dá  e terminam as carreiras com reformas bem superiores.

Face a tudo isto, fiquem os leitores e invejosos a saber que estamos com sua Excelência.

(E até lhe perdoamos ter desviado o dinheiro  que deveria ter acabado a tempo a Via do Infante, porque depois de chegar a Faro, demorou muitos anos a chegar a Lagos e por aí ficou.)


FaroActivo




Secretário de Estado visita Direcção Regional de Agricultura

Sai o compadre Castelão, entra o compadre Severino


Na dança dos tachos, saiu o P"S" e entrou o PSD. O senhor Secretário veio ao Algarve para saudar a nova direcção por si escolhida e sossegar os trabalhadores da administração. Falou do centro de investigação do Patacão e do seu papel nas áreas dos citrinos, da agricultura biológica e da horto-fruticultura. Mais não sabemos.

Mais não sabemos mas desconfiamos que tudo vai continuar na mesma em relação ao abandono dos campos, aos estímulos, aos circuitos de distribuição, aos preços pagos aos produtores, aos apoios às empresas do sector (a histórica  Adega de Lagoa passa por dificuldades) e à aplicação dos fundos comunitários.

Quando este sector podia e devia alimentar os algarvios, uma parte do país e até exportar (o projecto da Hubel é apenas uma pedrada no charco), continuamos a saber que o interesse das pessoas pela agricultura continua em queda e a vermos as prateleiras da grande quantidade dos hiper e super-mercados cheios de produtos importados.

Com uma população de 400 mil habitantes e um número oscilante de visitantes na casa dos dois milhões, o sector da agricultura, um dos sacrificados nas negociações europeias e porque ninguém fiscaliza o cumprimento da lei da incorporação dos produtos regionais, poderia ser alvo de políticas de incentivo e sustentação.

Temos dúvidas que o Secretário de Estado se tenha preocupado com estas questões. Já outros se esqueceram e o Algarve vê a sua agricultura definhar.


FaroActivo






20 de janeiro de 2012

Naufragar é preciso?


Um texto saboroso (ou gostoso como diriam os brasileiros) sobre o dito acordo ortográfico…


"Começa a ser penoso para mim ler a imprensa portuguesa. Não falo da qualidade dos textos. Falo da ortografia deles. Que português é esse?

Quem tomou de assalto a língua portuguesa (de Portugal) e a transformou numa versão abastardada da língua portuguesa (do Brasil)?

A sensação que tenho é que estive em coma profundo durante meses, ou anos. E, quando acordei, habitava já um planeta novo, onde as regras ortográficas que aprendi na escola foram destroçadas por vândalos extra-terrestres que decidiram unilateralmente como devem escrever os portugueses.

Eis o Acordo Ortográfico, plenamente em vigor. Não aderi a ele: nesta Folha, entendo que a ortografia deve obedecer aos critérios do Brasil.

Sou um convidado da casa e nenhum convidado começa a dar ordens aos seus anfitriões sobre o lugar das pratas e a moldura dos quadros.

Questão de educação.

Em Portugal é outra história. E não deixa de ser hilariante a quantidade de articulistas que, no final dos seus textos, fazem uma declaração de princípios: “Por decisão do autor, o texto está escrito de acordo com a antiga ortografia”.

A esquizofrenia é total, e os jornais são hoje mantas de retalhos. Há notícias, entrevistas ou reportagens escritas de acordo com as novas regras. As crônicas e os textos de opinião, na sua maioria, seguem as regras antigas. E depois existem zonas cinzentas, onde já ninguém sabe como escrever e mistura tudo: a nova ortografia com a velha e até, em certos casos, uma ortografia imaginária.

A intenção dos pais do Acordo Ortográfico era unificar a língua.

Resultado: é o desacordo total com todo mundo a disparar para todos os lados. Como foi isso possível?

Foi possível por uma mistura de arrogância e analfabetismo. O Acordo Ortográfico começa como um típico produto da mentalidade racionalista, que sempre acreditou no poder de um decreto para alterar uma experiência histórica particular.

Acontece que a língua não se muda por decreto; ela é a decorrência de uma evolução cultural que confere aos seus falantes uma identidade própria e, mais importante, reconhecível para terceiros.

Respeito a grafia brasileira e a forma como o Brasil apagou as consoantes mudas de certas palavras (“ação”, “ótimo” etc.). E respeito porque gosto de as ler assim: quando encontro essas palavras, sinto o prazer cosmopolita de saber que a língua portuguesa navegou pelo Atlântico até chegar ao outro lado do mundo, onde vestiu bermuda e se apaixonou pela garota de Ipanema.

Não respeito quem me obriga a apagar essas consoantes porque acredita que a ortografia deve ser uma mera transcrição fonética. Isso não é apenas teoricamente discutível; é, sobretudo, uma aberração prática.

Tal como escrevi várias vezes, citando o poeta português Vasco Graça Moura, que tem estudado atentamente o problema, as consoantes mudas, para os portugueses, são uma pegada etimológica importante. Mas elas transportam também informação fonética, abrindo as vogais que as antecedem. O “c” de “acção” e o “p” de “óptimo” sinalizam uma correta pronúncia.

A unidade da língua não se faz por imposição de acordos ortográficos; faz-se, como muito bem perceberam os hispânicos e os anglo-saxônicos, pela partilha da sua diversidade. E a melhor forma de partilhar uma língua passa pela sua literatura.

Não conheço nenhum brasileiro alfabetizado que sinta “desconforto” ao ler Fernando Pessoa na ortografia portuguesa. E também não conheço nenhum português alfabetizado que sinta “desconforto” ao ler Nelson Rodrigues na ortografia brasileira.
Infelizmente, conheço vários brasileiros e vários portugueses alfabetizados que sentem “desconforto” por não poderem comprar, em São Paulo ou em Lisboa, as edições correntes da literatura dos dois países a preços civilizados.

Aliás, se dúvidas houvesse sobre a falta de inteligência estratégica que persiste dos dois lados do Atlântico, onde não existe um mercado livreiro comum, bastaria citar o encerramento anunciado da livraria Camões, no Rio, que durante anos vendeu livros portugueses a leitores brasileiros.

De que servem acordos ortográficos delirantes e autoritários quando a língua naufraga sempre no meio do oceano?"


O texto que acabaram de ler é de autoria de João Pereira Coutinho, escritor português e foi publicado na Folha de S. Paulo.
O pasquim "O Algarve" está com soluços?




O pasquim editado pela ACRAL não circulou na semana passada e vamos aguardar por esta para sabermos dos seus sinais vitais de vida.

O seu desaparecimento, no actual contexto em que era escrito e participado, deixa na orfandade muito lixo político que ali debitava de cátedra as opiniões que os mantêm vivos e candidatos aos mais variados cargos.

Pelos vistos, a associação de comerciantes proprietária, não usou os 530 mil euros que andavam fora dos circuitos da contabilidade para acertar as contas e manter o pasquim de pé.

Como jornal decano, lamentamos a sua perda (se vier a acontecer), mas nunca pela direcção, conteúdos e propósitos que o orientavam.


FaroActivo

19 de janeiro de 2012

Quem disse que a dança das cadeiras não chega à CCDR?



Depois de tratados os tachos menores mas sempre apetecíveis nos variados organismos tentaculares do Estado na região, a CCDR fia mais fino. É um centro de decisões muito importante e carece de muito cuidado nas escolhas embora não faltem os artistas em bicos de pés.

Aqui o Governo tem ideias mas os sobas regionais têm sempre uma palavra a dizer. Está ali muito dinheiro em jogo e são muitos os apetites para se alambusarem. Corre ainda um QREN e apesar dos anteriores terem sido malbaratados por esta gente e sem resultados estratégicos na vida social e económica do Algarve, este tem de enquadrar renovados interesses.

Vamos aguardar, que está aí a rebentar!


FaroActivo
Troika conspurca Olhão


Tal como conspurca o país, a Troika foi responsabilizada pelo presidente da Câmara de Olhão pelo atraso das obras de saneamento básico previstas para a Doca de Olhão e das quais depende o funcionamento de uma fábrica.

Estas obras, que foram propaganda do edil do P"S", estavam previstas nas verbas do PIDDAC para o ano de 2011. Com as imposições da Troika de cortes na despesa pública, o presidente da Câmara de Olhão ficou com a merda nas mãos. A sua propaganda andou à frente dos factos e foi traída pelas cúpulas do seu próprio partido quando assinaram o memorando da ingerência estrangeira.

O investimento privado está parado, o emprego também e as soluções tardam! 

Francisco Leal, o presidente apressado que não faz o trabalho que lhe compete, é justamente acusado de não acautelar os interesses dos cidadãos de Olhão e de continuar impunemente a poluir a Ria Formosa.


FaroActivo

18 de janeiro de 2012

O que precisa mudar no Turismo



As alternâncias na área governamental têm sido sinal de mudanças de cosmética no sector do Turismo. Mas o essencial, os planos que transmitem confiança aos operadores, são secundarizados, deslocados no tempo, quando têm objectivos a cumprir.
 

Depois de uma década reconhecida de impasse na principal actividade económica do Algarve e quando a grave crise económica e financeira da Europa cobre de nuvens cinzentas o sector, mais uma vez, a intervenção governamental passa primeiro por nova escalada reorganizativa.
 
Cada ciclo de poder traz uma mão cheia de mudanças estruturais, sendo que as da actual Secretária de Estado têm uma afirmada chancela economicista.
Na linha de orientação deste Governo, que corta sem acautelar os impactos, particularmente entre os mais fracos, a titular do Turismo quer poupar 6 milhões em questões administrativas, nega que vá descarregar os cortes sobre a manutenção de postos de trabalho (veremos no futuro) e não adiantou o que pensa e projecta para a recuperação do sector.
Com seis meses no cargo e os dados em cima da mesa, Cecília Meireles, indigitada pelo CDS, chega ao fim de Janeiro sem uma estratégia e planos que a consubstanciem.
O que a Secretária de Estado tem de entender é que toda a região do Algarve está em suspenso, precisa de planear uma nova época e os únicos indicadores que dispõe são os desabafos do presidente da AHETA, sobre o previsível descalabro de perdas com o mercado nacional que poderão ultrapassar os 30%.
 
Sobre os mercados estrangeiros, no conhecimento da acumulação dos constrangimentos financeiros dos principais mercados emissores, o que se ouve é a redução da actividade de alguns operadores e que as operações de “incoming” (contratação) estiveram aquém do desejável.
 
A três meses do arranque oficial da época turística e depois de um Inverno dominado pelas sucessivas más notícias no tecido empresarial, com os números conhecidos em falências, despedimentos, salários em atraso e conflitualidade de tesouraria, tributária e judicial, é de todo legítimo questionar a Secretária de Estado sobre o que já fez (?!) para trazer alguma racionalidade, estruturação e confiança aos agentes económicos do sector.
 
Não é de todo incongruente afirmar que vivemos a maior crise de sempre no sector do Turismo e que compete às autoridades em serviço definirem os parâmetros em que esta tem de funcionar.
 
O que é realmente incongruente, é a indefinição que vivemos e a forma como as mudanças de cor política do poder provocam instabilidade nas estruturas que normalmente são vítimas da voracidade pelos cargos, onde os cartões partidários ocupam os lugares que deveriam ser confiados a profissionais experientes do sector e, certamente, obteriam um nível superior de produtividade como seriam responsabilizados pelas suas decisões.
 
Na realidade, nos últimos anos em que a competitividade entre os destinos se agudizou e o Algarve se mostrou incapaz de sair da estagnação, nenhum governante trouxe estabilidade e desenvolvimento ao sector do Turismo.
 
Para o poder é fácil lançar impostos e aumentos de encargos sobre as empresas e os indivíduos, sem cuidar da capacidade que o obriga a criar riqueza.
 
E pela amostra, nem tão cedo alguma coisa vai mudar…

Luis Alexandre