13 de julho de 2012

O estado da Nação



A família parlamentar apenas cavaqueia


Entre mortos e feridos na sociedade e muitas chagas abertas que não dão conta, as forças políticas parlamentares do desastre… cavaqueiam. Com o outro Cavaco a ouvir e a manter-se estátua imponente e os números da execução a não mentir. Apenas estes!
Ontem tivemos mais uma sessão do circo, onde o objectivo do Governo, no desespero do chão a fugir pela manifesta incapacidade e a contabilidade das feridas à vista, foi relançar o namoro com o dito partido socialista do senhor Seguro. Claro que o visado se fez difícil para a queda fraticida.
Apenas sustentado pela lei e pelo dinheiro que a Troika vai injectando, o Governo de Passos e Portas, que não deixou de cumprir o programa de empobrecimento, procura manter no regaço o seu comparsa de assinatura do memorando da nossa falência.
A dama, que não tem discurso próprio e se pendurou na fleuma do discurso de posse do novo actor gaulês, que também tem a casa francesa profundamente desarrumada, como não tem saída a não ser voltar a assinar o próximo Orçamento de Estado e as novas medidas de roubo, aposta na fraqueza do compadre com os olhos postos apenas na alternativa de poder.
O estado da Nação é o conhecido, com base nas ordens do memorando da Troika. Se o Governo PSD/CDS falha na sua aplicação, o P”S” falhou pelo seu apoio.
Levando na bagagem o engulho do chumbo do Tribunal Constitucional, num sinal de fragilidade e contradição entre os órgãos do Estado, Passos Coelho, que já terá recebido telefonemas dos patrões… apenas levou estudada a estratégia de lembrar ao dito partido socialista as suas responsabilidades e um convite expresso para ajudar a escrever o próximo OE.
Se o pedido de Passos é uma fraqueza, o silêncio de Seguro dá-lhe o tom fúnebre. Ambos os parceiros sabem que o problema não está nas ordens do pagamento da dívida e dos juros fraudulentos, mas do lado das suas consequências no tecido social e económico do país.
O país deprimido ferve em lume brando e, a erupção de uma classe considerada elitista como a dos médicos tal como o travão das greves na aviação, mostram que a rua não está controlada, apesar dos bons serviços paliativos do P”C”P (o B”E” não conta para nada).
Esta foi a preocupação de Passos no estado da Nação: pôr na ordem a muleta do partido do senhor Seguro. Porque se os simpatizantes deste partido deixam de acreditar…


Luis Alexandre

    

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