24 de julho de 2012

CCDR: que instrumento?



















fotografia adf


Uma região que desbaratou milhares de milhões




Passaram vários quadros de investimentos estratégicos de grossas comparticipações financeiras comunitárias e nacionais e, o Algarve, apenas regrediu.

A CCDR, nas suas várias direcções de correspondência partidária e carimbo do bloco central de interesses, manipulou muito dinheiro distribuído que não tem repercussão na economia e finanças da região.


Mais de duas décadas em chamados investimentos de relevância, assim determinavam as regras, redundaram nos números da mais grave crise da região algarvia, com os sectores primários em agonia, o secundário na falência e o terciário na proporção correspondente.


Os vários quadros manipulados, apenas serviram para a megalomania de autarcas persistentes nos cargos e gozando da impunidade, a distribuição de favores em investimentos (?) sem retorno, na compra da paralisação da actividade económica do interior e do mar, com a sua substituição pelas cadeias de distribuição que retiraram riqueza à região, em salários, impostos e circulação de recursos.


A CCDR, num balanço que nem precisa ser exaustivo, foi e é um manancial de cargos e mordomias, uma fonte de proibições selectivas, com efeitos na desertificação do interior e extravagâncias na orla costeira, um instrumento do aparelho de Estado centralizador, tapete das suas ordens, com os resultados conhecidos e sem auréola.


Os seus dirigentes escapam ao controlo popular, são nomeados entre pares, manuseiam e distribuem fundos financeiros públicos que a grande massa nem sonha. É mais um daqueles energúmenos que a sociedade paga sem saber ou imaginar a utilidade…


O Algarve suporta este departamento sobreposto, mesmo em tempo de roubo de quem produz, sabendo que ao lado existe outro organismo que dá pelo nome de Direcção Regional de Economia.


Com um novo quadro de financiamento europeu (QREN) em exercício, esta CCDR de renovação alaranjada com um pau superior para toda a obra, em representação da falência da participação financeira do Estado, continua a não mostrar o jogo e a debater para onde deve direcionar os recursos, sabendo-se para onde vão… (a História está de pé para explicar).


Pelo curso da inteligência ao serviço deste organismo, profundamente cúmplice no estado de paralisia da região, o estilo burguês de apoios adoptado e que se afasta da conversa de uma visita recente de deputados da comissão económica, que falaram de uma viragem para a produção no mar e na terra, só pode levar ao coma…


A CCDR sempre agiu por interesses e não por estratégia. É um organismo acima da consulta e do controlo popular. Como convém, nesta democracia de pacotilha. E, claro, funciona como um tentáculo do centralismo e alberga os cargos de pagamento de serviços prestados…


Pobre Algarve!


Luis Alexandre

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