30 de abril de 2012

Os Bartolomeus da bola



A queda dos anjos

Mais um instrumento que deixaram voar para implodir... mas pode ter deixado marcas... ainda pouco visíveis

O futebol, quando o capital financeiro descobriu que ali estava mais um filão de rendimentos e movia massas, nunca mais parou de se associar e promover os seus homens de mão.
O Bartolomeu não foi o primeiro a implodir, nem o seu clube, mas foi o que levantou mais problemas para além do seu quintal, ao ponto de receber ajudas externas apenas para minorar os impactos que provocaria em terceiros.
O futebol criou um conjunto de regras em redoma, até se auto definiu com legislação desportiva (?!), separado da legislação pública, para vingar uma suposta independência ou apenas para estrategicamente ganhar tempo nos conflitos de interesses.
No momento em que preparam um alargamento sem razões fundamentadas, um clube lança o pânico e arrasta as denúncias sobre o estado de falência de outros emblemas.
Nesta confusão, salvam-se os maiorais do campeonato, falidos até à medula, dirigidos pelo populismo associado à finança e ao poder político, que têm ali um instrumento de trabalho partilhado.
Estes maiorais, indiferentes ao mau estado geral que os rodeia e porque precisam dos actores menores para compor as suas vitórias, não agem de cara descoberta mas precisam de manter as aparências. O circo não pode cair, porque tem estatuto.
Os mesmos maiorais, até já fazem leituras do quadro das potências que têm acumulação de capital e precisam de o lavar, perdão, soltar…
Ainda ninguém assumiu o caminho para o desastre, as novas alianças sabem que o futebol é muito mais do que uma bola a rolar… e, basta olhar para Espanha, Itália ou Inglaterra, para percebermos a força da concentração de poderes que se desviaram para esta actividade desportiva, com um rol cada vez maior de suspeição, do topo das suas instituições aos diferentes intervenientes nos campeonatos…

FaroActivo
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