18 de abril de 2012

As traições acumuladas




Os resultados agora apresentados, na extensão do seu dramatismo e não têm fim à vista, são o reflexo das ilusões dos comerciantes nos seus dirigentes associativos que se mancomunaram com as más opções do poder.
O executivo de Portimão, a força política que o suportou e as que nada fizeram para travar as decisões de excesso de oferta de grandes superfícies, são os principais responsáveis pela degenerescência dos pequenos negócios e da qualidade do emprego.
Sempre à procura de receitas e em obediência a ordens centralistas, o poder local de Portimão permitiu o excesso de oferta da grande distribuição que atingiu taxas muito elevadas em termos europeus e os resultados estão à vista.
A crise financeira que se instalou por via fraudulenta e que está a roubar os salários dos trabalhadores, provocou a maior quebra do poder de compra depois do 25 de Abril e, este Governo do PSD/CDS, apesar das promessas que afinal eram mentiras, não pára de agravar.
Estes dados sobre o município de Portimão têm extensão ao conjunto da região, onde a situação é igualmente desastrosa. De barlavento a sotavento, as falências e o desemprego não dão tréguas e o Governo do país não tem quaisquer planos de intervenção.
Mudanças? Não vão haver porque as forças que nos trouxeram a esta situação só querem salvar a pele e que paguemos a chamada dívida pública.
Para mudar este curso de afundamento, também temos de mudar as consciências e as atitudes. No caminho das ilusões, só estaremos a salvar a pele de quem nos enterrou nesta crise. Só há duas vias: ou amouchamos ou combatemos quem nos quer afundar!

FaroActivo
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